Moradores e trabalhadores de empresas às margens da BR-277, entre Medianeira e Santa Tereza, creem agora na consolidação de um antigo sonho postergado pelos últimos governantes do Estado: a duplicação da BR-277 de Medianeira a Santa Tereza. Os entrevistados criticaram a postura do antigo Governo Requião em evitar até mesmo o diálogo para promoção de avanços sobre o tema. A duplicação abrange um trecho de 80 quilômetros e para ser realizada é necessária a retomada do cronograma, paralisado por disputas judiciais entre Estado e empresa concessionária. Já há projetos elaborados e o início das obras depende apenas de um acordo entre governo e a Ecocataratas. A estimativa de investimento é de R$ 85 milhões. Em visita a Cascavel ontem, Beto Richa disse que conversas individuais com as concessionárias vão acontecer, sem apresentar datas. " Estamos abertos ao diálogo e vamos fazer prevalecer os interesses públicos", disse.
Corredor do Mercosul
O administrador de empresas José Fernando Rocha, 39, de Medianeira, acompanha há pouco mais de seis meses a movimentação no trecho localizado logo na entrada da cidade, nas proximidades do bairro Belo Horizonte. " Acredito na duplicação porque agora há boas intenções entre governo e concessionárias", comenta. " Bem diferente do modelo colocado em prática pelo ex-governador e atual senador Roberto Requião". O adminstrador de empresas inclusive acompanhou os primeiros trabalhos feitos por topógrafos para coleta de informações e análise de solo, visando a elaboração de uma das etapas do projeto de duplicação, envolvendo o trecho entre Medianeira e Matelândia. " A duplicação é mais do que necessária, uma vez que trata-se de uma rodovia ligando países do Mercosul, estratégica economicamente para os países interligados pela BR-277", destaca. Paulo Roberto Simonetti, 27, auxiliar de produção e morador de Medianeira há 12 anos, perdeu as contas dos amigos em que perdeu na rodovia por conta dos acidentes. " A duplicação é uma questão de vida", avalia. ( Vandré Dubiela)
Matéria postada no jornal O Paraná em 25 de fevereiro de 2011. Pg. B5
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